sábado, 11 de junho de 2016

RELATO 11 - O PRINCIPE


Quem teve o privilégio de conhecer pessoalmente o Mestre Manoel Jacintho Coelho, muito tem a contar das infinidades de provas e comprovações dos seus poderes e de sua identidade SUPERIOR.

Vamos relatar hoje a estória do Príncipe. 


Príncipe era um cachorro que vivia no Retiro Racional, na época em que o Senhor Manoel estava conosco em matéria.


Os latidos do Príncipe pela madrugada pareciam roncos de trovoada, a cor negra se perdia na escuridão, o brilho nos olhos reluzia como fogo na penumbra da luz fraca do poste próximo à calçada que levava para o Prédio dos Três Poderes.


Amanhecia o dia. O Mestre sai para orientar a construção das obras do Retiro. O Príncipe ao vê-lo abana o rabo como forma de carinho.


O Mestre diz:


“Este é o Príncipe”.


Os colaboradores próximos, alguns caravaneiros presenciam a cena.


”Viu – diz o Mestre Manoel para o Príncipe – você desvirtuou o alfabeto astrológico, agora é um cão e vai ter que correr a hierarquia de animal irracional, fez por onde estar nesta condição, quem mandou?”


A esposa de um grande amigo meu, que era responsável de uma caravana Racional aqui no Rio de Janeiro, escuta e assiste tudo com os olhos céticos, não acredita em nada do que ouve e se indaga:


”Como pode um cachorro ter sido um príncipe?”


Os meses se passam e o Príncipe com seu grande porte, latido de trovão, quando corria poderia ao longe ser facilmente confundido à noite com outro animal.


Na gráfica do Retiro existia o plantão noturno das mulheres caravaneiras, que vinham de todo lugar do Rio de Janeiro no ônibus do Retiro para colaborar na confecção dos livros Universo em Desencanto.


Passavam a noite costurando livros, dobrando papel, conversando e, pela manhã, iam para suas casas com ar de satisfeitas, por terem cumprido com mais um dever de solidariedade humana junto do Racional que na sua varanda, com os plantonistas e visitantes, ia conversando assuntos Racionais.


Em uma dessas colaborações, a senhora citada acima, que não acreditou no fato contado pelo Mestre sobre o Príncipe, saía da Gráfica.


O sol começava a mostrar seus primeiros raios com a musicalidade do canto dos pássaros.


Foi nesse momento que um homem alto, com roupa de nobre do tempo da monarquia, belo e com o peito parecendo estar cheio de medalhas e de indumentária brilhante, toca-lhe o peito, olha bem dentro dos seus olhos. 


Ela se assusta e não sabe como aquele homem entrou no Retiro e quem era ele.


Depois de alguns longos segundos a imagem do homem belo, bem vestido, forte, começa a se transformar em um cão negro alto e com as patas dianteiras coladas no seu peito.


A mulher sai correndo rumo à varanda aonde estava o Mestre Manoel. 


Ela conta este fato, e o Mestre Manoel diz:


”Agora você acredita no que eu falei sobre o Príncipe?”


Ela responde que sim.


O Mestre mandou que a mulher fizesse esse relato no Jornal Racional, o jornal de TV interna que tinha todo domingo à noite no Retiro Racional.


E tal fato foi do conhecimento de centenas de pessoas que ouviram a história do cachorro-Príncipe, que já tinha sido um príncipe no tempo em que imperava o alfabeto de astrologia.


Salve à Todos!


Colaboração: Ubirajara Pisão







Nenhum comentário:

Postar um comentário